domingo, 24 de janeiro de 2010

Nunca esteve tão claro.

O livro empoeirado na estante já me cantava uma delicada filosofia para um faz de conta de felicidade, uma ilusão barata para calar-me a inquietação de insistir, resistir, pedir ou de te fazer rir.

Fiquei a pensar no quanto esquentei a cabeça nos últimos tempos em ler o que a escrita não revela e limitar ao sonho o doce final.

O amargo abraçaria o teatro e faria da minha vida pacata uma alma lavada no rio das tendências.

Eu vivo o risco e quero estar tranqüilo. Será possível não cair na agonia da sobrevivência e ainda viver um louco amor?

E quando me mato, meu suicídio interno, já vou logo dizendo meu caro amigo, é o que trás a criatividade das minhas atuações. Pra viver apenas, não faz sentido. E a dúvida é um mimo.

O meu raciocínio é simples. Basta se perguntar o que é mais importante. O médico vê a família no natal e deixou a namorada. Marvin sumiu para se assumir. Janis Joplin viu o trem 219 levar o seu amor e se afogou em whysky. Hoje os bichinhos comem todas essas cabeças.

4 comentários:

Anônimo disse...

Beta!
Parabens!
Beijos

Marleudo Costa disse...

Gente!
Que texto mais bonito!
Fazia tempo que eu não alimentava meu vicio de ler blogs, mas o seu e difícil de resistir!
Parabéns! Amei, de verdade!
;*

Marleudo Costa disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

E mais uma vez eu gostei, genial!